“Eu tava no camelo, e a mão escapou da luva bem na hora que subi no meio fio, e antes de amontoar no passeio bati o joelho no pescoço e no bigode, amassei o friso, risquei toda a sela e a correia saiu da pinha”.
Se você não entendeu nada, segue a tradução:
“Eu estava andando de bicicleta e a mão escapou da manopla na hora de subir a guia, e antes de cair na calçada bati o joelho no avanço do guidão, na manete de freio, amassei o aro, risquei o banco e a corrente saiu da catraca”.
Curiosos, engraçados e até estranhos. Estamos falando dos nomes, termos e expressões dados as partes e a própria bicicleta, em diversas regiões do Brasil. Algumas até passam a ideia, mas outras são difíceis de entender quando ouvimos pela primeira vez.
Quando você ouvir alguém de Pernambuco ou Rio Grande do Sul falando do Cachimbo, podem estar falando do avanço (onde vai o guidão), não o aparato para fumar. A mesma peça é chamada de Avanço ou Mesa em São Paulo, Canote em Goiás e Pescoço no interior de Minas Gerais.
Ao ouvir alguém reclamar do Bigode, pode estar falando das manetes de freio em algumas cidades de Minas Gerais, ou Maçaneta, que não é da porta, no sul do país. Entenda alguns itens do glossário na tabela abaixo
Esse é o Brasil, um país de muitos contrastes e diversidades também na fala, por isso os gringos que fazem turismo por várias regiões do nosso país tem tanta dificuldade em entender esse “dialeto regional”, que torna nossa cultura tão rica.
Bom estribo, ou melhor, pedal!
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