Vídeo #3 – Conheça o componente – Pedivela
A bicicleta é um dos poucos veículos de tração humana capaz de levar um peso maior que o seu próprio, e o componente responsável por transmitir a força do ciclista até a bicicleta é a pedivela.
No início, nas primeiras bicicletas, as pevides eram ligadas pelo eixo da roda dianteira, limitando a velocidade ao tamanho da roda, por isso as Penny Farthing eram tão grandes. Com a invenção da catraca e corrente, as bicicletas puderam evoluir e as pedivelas passaram a ser instaladas na parte central do quadro, permitindo várias combinações, mais conforto e velocidade.
Tipos
No início elas eram peças rudimentares, braços de ferro fixados ao eixo central por intermédio de chavetas, pequenos pinos prensados em um corte no eixo. Conforme a bicicleta evoluía, novas soluções foram surgindo, e as pedivilas em monobloco fizeram muito sucesso com os modelos passeio, Cruiser e no BMX já em Cromo-Molibdênio, um tipo de liga de aço mais leve e resistente.
Como curiosidade, as pedivelas monobloco são o único modelo a utilizar os eixos dos pedais mais finos, na medida 1/2 polegada, todos os outros tipos utilizam eixos de conexão mais grossos, na medida 9/16 polegadas.
Hoje, apenas as bicicletas infantis e os modelos populares utilizam as pedivelas monobloco, elas são pesadas e dão muita manutenção, mas o preço é muito baixo.
As pedivelas podem ter 1, 2 ou 3 coroas, mas indo no sentido contrário, a modalidade Cross Country (XC) do Mountain Bike, adotou recentemente o uso de apenas 1 coroa, já que a criação das pedivelas com 3 coroas nasceu com o MTB.
A invenção dos eixos de ponta quadrada “square”, fez surgir uma nova categoria de pedivelas em aço e alumínio, com melhora significativa na montagem, manutenção e a diminuirão das constantes folgas entre o eixo e as pedivelas. Mesmo no uso normal das bicicletas, como transporte, foi notado grande transferência de força entre o eixo de ponta quadrada e sua respectiva cavidade nas pedivelas, que com o tempo alargavam, perdendo seu formato quadrado, e assim, novas ligas e sistemas de fabricação foram surgindo, como por exemplo os modelos em alumínio forjado, onde uma prensa compacta uma barra de alumínio, tornando-a muito mais dura, resistindo ao esforço.
O mundo das competições sempre foi o maior laboratório de testes para novos produtos, e as pedivelas evoluíram muito neste ambiente, mais coroas, novos formatos para os braços, novos materiais, eixos mais grossos, agora no formato redondo, oco e com estrias de encaixe, eliminando definitivamente as folgas por desgaste. Modelos com os braços ocos e eixo integrado tornaram as pedivelas mais leves e muito resistentes, a combinação de materiais como alumínio e carbono fez nascer uma nova categoria de bicicletas, as super bikes, leves e caras, antes voltadas apenas as competições, estão se tornando cada vez mais presentes entre ciclistas amadores, provando que essa evolução é muito bem vinda.
Tamanhos
As pedivelas tem tamanhos proporcionais as rodas das bikes, pois imagine uma bicicleta infantil com uma pedivela grande, pegando no chão principalmente ao fazer uma pequena curva, quando normalmente inclinamos a bike. O recurso do tamanho aumenta a força aplicada, pois quanto maior a alavanca, menor é o esforço. Este ganho é muito utilizado no ciclismo olímpico, nos velódromos, no BMX Race também no Mountain Bike, e a medida dos braços está gravada na parte de trás das pedivelas.
É impossível falar das pedivelas sem mencionar os outros componentes diretamente ligados a elas, como as coroas e eixos centrais, mas são centenas de modelos, e vamos falar deles nos próximos vídeos e posts.
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Bom pedal!
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