Entenda as relações de marchas das Road Bikes

14 mar, 2016

Assim como acontece nas MTB, as bicicletas de estrada também contam com com várias opções.

Nós já falamos várias vezes sobre as inúmeras opções das relações de marcha para MTB, mas será que as Road Bikes também tem? O Bikereporter Cleber Ricci Anderson explica no vídeo quais são as opções para road Bike, e quais os benefícios de cada tipo. img-Relacao_Compact_Road_Bikes_01 As relações para bikes de estrada podem variar de acordo com a aplicação, mas variam também pelo grupo que equipa a bicicleta, com relações de 16 a 22 marchas. As bikes mais baratas, para iniciar na modalidade possuem relações de 16 marchas (cassetetes de 8 velocidades), e o salto entre cada cog do cassette é de 2 ou 3 dentes de diferença, o que não é muito bom para a cadência (RPM) da pedalada. O melhor cassette para resolver isso é o de 11 velocidades, ele tem 11 cogs (pinhões) sequenciais, que permite fazer reduções de marcha bem suaves, que não impactam na cadência da pedalada, e esse tipo de relação equipa bike um pouco mais caras.

img-Relacao_Bem_Escalonada_Road_Bike

Cassette de 11 velocidades com pinhões sequenciais do 11 ao 17. Nesta parte do cassette, os dentes aumentam de 1 em 1.

Como exemplo, imagine um ciclista em uma estrada plana, após uma curva, ele pega vento frontal, com a possibilidade de fazer reduções sem atrapalhar a cadência, e com baixo impacto na velocidade atual, reduzindo apenas 1 dente por vez. O cassette de 11 velocidades tem a seguinte combinação: 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 19, 21, 23 e 26 dentes. A outra parte das relação são as coroas, elas podem ser tradicionais (grandes), ideias para provas em circuitos planos, ou os modelos “Compact”, que tem coroas ligeiramente menores, mas fazem combinações que geram o mesmo resultado, aplicando menos força nos pedais. Quando os menores pinhões do cassette eram o 12 ou o 13 dentes, era necessário usar pedivelas com coroas grandes, para gerarem força e velocidade suficientes nas nas subidas planos e descidas, essas coroas com 53 e 39 dentes são conhecidas como “tradicionais”.

img-Coroas_Road_Bike

Pedivela tradicional com coroas 53 e 39, muito usados em provas de circuitos planos.

As pedivelas Compact utilizam coroas menores, pois as combinações com cassetetes 11 a 26, 11 a 28 e até 11 a 32, que permitem pedalar com relações proporcionalmente iguais as convencionais, porém com menor esforço, veja o exemplo nesta conta: Relação Convencional (coroa X pinhão) – 39 x 30 = 1,3 Relação Compact (coroa X pinhão) – 34 x 26 = 1,3 Diferentes combinações que geram a mesma redução, mas na Compact, o ciclista aplica menos força, pois com coroas menores, “sobra” mais braço na pedivela, aumentando a alavanca, veja o desenho: img-Relacao_das_Road_Bikes_01 Existem ainda pedivelas com Spyder removível (peça que segura as coroas), e dependendo da prova, pista ou circuito, o ciclista pode optar por conjunto de coroas grandes ou pequenas, em uma operação mecânica bem simples de fazer.

img-Relacao_Compact_Spyder

Pedivelas com spyder removível permitem que o ciclista use relação tradicional ou compact, de acordo com o tipo de prova ou altimetria.

Então, as relações das bicicletas de estrada também são amplas, permitindo aos ciclistas várias combinações, adequando as bicicletas a sua força, altimetria da região ou características do traçado. Bom pedal! Agradecimentos ao colaborador Fernando Cheles

<a href="https://pedaleria.com/autor/educapivara/" target="_self">Edu Capivara</a>

Edu Capivara

Edu Capivara é Delegado Internacional do Biketrial no Brasil desde 1991 e introdutor do esporte em meados da década de 80. É amigo pessoal de Pedro Pi, o inventor do Biketrial e de toda a cúpula da BIU (Biketrial International Union) . Profundo conhecedor do mundo da bike, começou suas aventuras em modalidades como o BMX e o Mountain Bike no início desses esportes no Brasil. Já participou de campeonatos mundiais de biketrial pelo mundo todo, inclusive do primeiro, em 1986 na Europa.

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