Olá pessoal.
Não foi surpresa alguma o anúncio do governo mantendo o IPI reduzido para os automóveis, protegendo a indústria e os empregos, segundo Guido Mantega.
A gente percebe a televisão falando tanto sobre mobilidade usando a bicicleta mas na hora de puxar a sardinha para o lado dos ciclistas não vemos a mesma iniciativa e boa vontade. Ninguém falou ainda da redução dos impostos para as bicicletas de forma tão explícita como se fala dos automóveis. Resumindo, o incentivo a compra do automóvel zero Km continua em alta, enquanto o incentivo a compra de bicicletas, sejam elas nacionais ou importadas, continua na mesma, taxando os ciclistas em 70%.
A comparação
Vejam só meus amigos ciclistas, estamos mais perto de pagar o mesmo imposto do cigarro do que dos automóveis, e a única opção das 3 que obviamente beneficia o ser humano é a bicicleta, oras. Parece óbvio, mas para muitos, isso pouco importa.
Ações como a da Aliança Bike são politicamente corretas e envolve a sociedade em um assunto que beneficia a todos, estou falando do Bicicleta para todos, uma iniciativa importante na briga por impostos mais justos para os fabricantes e importadores de bicicletas e componentes e que resultará em drástica diminuição da carga tributária e redução dos preços das bicicletas. Isso é incentivo de verdade, ou seja, pessoas que pensam duas vezes em comprar uma bike para ir trabalhar, com preços mais acessíveis provavelmente farão isso.
Você pagando o justo por uma bicicleta.
A questão não é pagar imposto algum, mas sim, que o imposto seja justo para os setores da economia. Produtos que fomentam a saúde do indivíduo deveriam ser menos taxados, obviamente porque auxiliam no desenvolvimento saudável do cidadão, livrando o sistema de saúde pública de gastos com problemas relacionados ao tabagismo e sedentarismo por exemplo. Infelizmente o que você paga hoje por uma bicicleta poderia ser pelo menos 50% menos. Seria um ótimo incentivo, não?!
Para exemplificar ainda mais, em uma das minhas idas ao supermercado nos Estados Unidos, resolvi tirar umas fotos e discutir com vocês sobre os valores que os ciclistas encontram nas bicicletas, componentes e acessórios, amplamente comercializados no supermercado, com muita variedade e qualidade. Vejam os exemplos.
Ciclista bem amparado
Respeito e incentivo natural aos ciclistas, com preços justos para todos, desde fabricantes, importadores, lojistas, até chegar ao consumidor final, que no final das contas não somente compra bicicletas, mas acessórios e equipamentos de segurança sem pestanejar ou parcelar em trocentas vezes.
A única coisa que o governo consegue incentivar é o consumo externo, ou seja, cada vez mais brasileiros compram bikes, componentes, acessórios e tudo relacionado ao mundo da bike, fora do Brasil. Muitas vezes porque aqui não tem opções mesmo, a gente não acha determinados produtos porque nenhum importador consegue trazer, seja pela taxação abusiva, pelos trâmites alfandegários, pela corrupção deslavada nos órgãos públicos e até pelas certificações exigidas e muitas vezes absurdas, bom, dá até pra traçar um paralelo com outro setor, o elétrico, cujo “padrão” das tomadas de parede é igual a… a… a…, nenhum outro na face da Terra.
Vamos lutar contra isso? Temos que comprar esses produtos aqui no Brasil, sem precisar usar artifícios ou implorar por preços mais baixos ou condições de pagamentos que parecem mais com um financiamento de automóvel do que com a compra de uma bicicleta ou componente. Só o governo não sofre com isso, o dele está reservado, porém, todo o setor sofre, tendo que trabalhar com margens minúsculas, se espremendo em burocracia e certificações incoerentes. O mercado não cresce e a cultura da bicicleta se afasta cada vez mais da realidade mundial.
Quando você ve o preço de qualquer produto relacionado a bicicleta em uma loja e achar um absurdo, não culpe o lojista, nem o importador ou distribuidor, apoie as causas que clamam por incentivo ao uso da bicicleta como o Bicicleta Para Todos e colabore com uma economia mais justa para os ciclistas e para o país.
Um abraço!
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