Sabe aquela lavada rápida na bike depois de fazer uma trilha cheia de lama, terra e água? Aquele banho de mangueira na bike, no quintal de casa, ou aquele favorzinho que o seu amigo do lava a jato faz quando você passa por lá com a bike suja no carro?
Errado hein, não rola fazer assim! Essa é a forma mais comum de colocar areia, terra e tudo quanto é tipo de sujeira pra dentro dos cubos,pedais, central, caixa de direção, etc.
Em casa, se você não tem os equipamentos corretos faça apenas uma limpeza no capricho, veja o post “Banho de gato, na bike.“, porque a lavagem profissional exige produtos e ferramentas especiais que você pode não ter, além do descarte de resíduos na natureza, aquele querosene, gasolina, solvente e outros produtos inadequados que ajudam a soltar a graxa podem até ajudar na limpeza da corrente mas acabam indo pro ralo e consequentemente agredindo o meio ambiente. Esses derivados de petróleo podem ressecar borrachas e fazer a corrente “assobiar”.
Existem produtos especiais para a pintura, para a corrente, desengraxantes naturais e máquinas para lavagem de peças, onde os resíduos são literalmente devorados por micro organismos cultivados em seu interior.
Os produtos corretos não atacam as borrachas e vedações e muito menos as proteções originais das peças (banhos químicos e de acabamento como zincagem, cromeação e niquelagem).
Ferramentas certas
Tirando as chaves de fenda e philips, todas as outras ferramentas para montar e ajustar uma bicicleta são especiais e projetadas para fins específicos. O conjunto completo de ferramentas para um mecânico de bike trabalhar pode ultrapassar 25 mil Reais, o que limita bastante a aquisição por parte dos aficcionados e entusiastas.
Ferramentas únicas e super necessárias como o centrador de rodas, o torquímetro e a prensa de caixas de direção despertam o desejo dos consumidores mais fanáticos, mas são produtos para alta rotatividade, que se pagam mais facilmente em oficinas com muito movimento.
O mecânico
Não adianta ter as ferramentas e não saber usá-las, por isso muitas lojas e oficinas estão investindo em treinamentos, formando e certificando seus profissionais em cursos especializados, como os da Escola Parktool e os Treinamentos Técnicos da Shimano.
Segundo Felipe Wada de Souza da Dry Bike, o aumento gradativo de clientes que buscam serviços de limpeza profissional é reflexo da sofisticação e preço das bicicletas de competição, que exigem manutenção mais refinada e também por conta de experiências negativas verificadas por esses clientes em oficinas pouco preparadas. O consumidor experimenta bons serviços e recomenda aos amigos, completa Felipe.
Uma bicicleta simples também merece esse “fino trato”, já que peças simples e sofisticadas possuem características similares, onde o maior diferencial é o peso.
Independente do modelo e do valor, cuide bem da sua bike, ela irá retribuir com muitos anos de diversão.
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