Para os machistas de plantão, nada pior do que ser ultrapassado na trilha por uma moça e comer poeira em seguida. O recado para eles: “Acostume-se, elas chegaram pra valer e estão com tudo.”
A presença feminina se torna cada vez mais freqüente nas provas, treinos, passeios e eventos ciclísticos, não somente como espectadoras, mas principalmente como ciclistas atuantes e profissionais como a Talita Margonari, uma atleta de performance (assista o vídeo “Florais para ciclistas.“). Elas estão interessadas em condicionamento físico, diversão e adrenalina, e isso acontece no mundo inteiro, chamando a atenção de fabricantes de bicicletas, componentes e vestuário (uniformes, luvas e capacetes), que investem cada vez mais no mercado feminino, lançando todos os anos dezenas de produtos para esta promissora fatia do mercado, agradando a elas e a nós homens.
Com fácil acesso a informação, mulheres de todas as idades buscam esse entrosamento com o mundo da bike, seja como mobilidade, esporte ou lazer, entrando cada vez mais neste universo dominado pelos homens a décadas. Muito preparadas, as ciclistas do mundo das competições, seja no mountain bike ou na estrada, não levam desaforo pra casa e não é incomum “despacharem” marmanjos nas trilhas e estradas, provando que o esporte é para todos.
As equipes profissionais das duas modalidades possuem atletas de alto nível, competindo aqui, nos mundiais e nas olimpíadas, o que acontece também no BMX, aquecendo o mercado que investe em quadros especiais, com geometria desenvolvida para elas, uniformes com forração diferenciada, levando em consideração a anatomia feminina, luvas e sapatilhas em cores vibrantes e muito anatômicas.
O cuidado com as cores, com os desenhos e o estilo é observado em diversos equipamentos, da manopla ao quadro, mas o que chama a atenção mesmo são os uniformes, sapatilhas e capacetes, que utilizam tecnologia de ponta e oferecem conforto e performance além da beleza.
Hoje é muito raro sair as ruas e não nos depararmos com mulheres pedalando, vemos também muito mais casais pedalando juntos, com seus uniformes iguais, mas há também casos em que cada um tem sua preferência e modo de se vestir. Os grupos de pedal são unisex, mas há grupos compostos exclusivamente por mulheres, com seus uniformes padronizados, chamando atenção por onde passam, mostrando que a vez das mulherada chegou, e não só na ciclovia e ciclo faixa, mas em modalidades extremas como o Downhill e o Biketrial.
Devemos agradecer os fabricantes, engenheiros e designers que se preocupam cada vez mais com as mulheres no mundo dos ciclistas, elas embelezam a paisagem quando passam pedalando suas magrelas, se sentem mais confiantes, se exercitam, e são muito competitivas também. A Pedaleria está de olho e preparando uma série de matérias para as mulheres, afinal de contas, elas conquistaram espaço no mundo biker e merecem todo o nosso respeito e admiração.
Boas pedaladas!