Com a modernização dos processos de fabricação e também das bicicletas e componentes, lojistas e oficinas especializadas na montagem e manutenção enfrentam uma nova realidade, não é mais possível fazer reparos e manutenções com ferramentas comuns, como era feito a 30, 40 anos atrás e estão trazendo a oficina para frente de seus comércios, são o cartão de visita da casa, mostrando a todos o potencial da equipe de trabalho e a estrutura do negócio.
Observe sua bike, hoje a maioria delas traz gravado nos componentes, parafusos e até nos quadros números e letras que representam diferentes níveis de aperto dos parafusos. A unidade de medida para apertos é o kgf (quilograma força), marcado na maioria das vezes com a letra “N” (Newton), e para realizar o serviço com precisão é necessário usar um Torquímetro.
O torquímetro é uma ferramenta que permite programar e dosar a quantidade de força do aperto, não permitindo que o operador aplique mais força do que o valor pré estabelecido pelo fabricante da peça, assim, a possibilidade de quebrar ou espanar um parafuso ou rosca é mínimo, principalmente nos componentes de fibra de carbono, onde existe o risco de esmagar componentes como guidão e canote de selim.
Existem torquímetros analógicos e digitais e as informações podem ser mostradas em display digital, em escalas de ponteiro ou gravadas na haste da ferramenta, programando os valores girando o cabo. O modelo testado pela Pedaleria é um torquímetro de estalo, ou seja, atingindo o troque programado ele “estala”, desarmando o sistema, assim é impossível apertar mais. Esse modelo é com catraca reversível, com encaixe para cachimbos de 1/4 de polegada, onde podemos utilizar pontas Allen, Torks ou soquetes de boca, para até 2,4 kg de troque, e seu cabo tem extensão de 27 cm.
Daqui pra frente, nada de apertar os parafusos até sair o suco da peça, use o torquímetro para aplicar a força exata em cada aperto.
Bom pedal!
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