Elétrica aro 20” Besv
As elétricas invadiram o mundo e na Interbike conhecemos vários modelos com propostas bem distintas, mas uma bike que chamou bastante nossa atenção foi a Panther PS1 da Taiwanesa BESV.
O design foi o primeiro ponto a nos surpreender, então nos aproximamos para conhecer e fomos recebidos com muita atenção por parte dos donos da empresa, que explicaram em detalhes o seu projeto.
A maioria das bicicletas elétricas são criadas para mobilidade urbana, trajetos relativamente pequenos, e as bicicletas aro 26” com baterias e cubos grandes rodam cerca de 70 milhas (cerca de 112Km) com sua carga elétrica, porém as bikes pesam entre 25 e 30 Kg. A aro 20” da Besv roda 30 milhas com sua bateria leve, cerca de 48Km, mas pesa apenas 16,9Kg, facilitando muito o acesso por escadas ou locais onde é necessário carrega-la.
A recarga completa da bateria leva entre 2 e 3 horas, dependendo da estabilidade da rede elétrica, e seu motor no cubo traseiro é de 250 Watts, fazendo a Panther atingir 27,3Km/h.
Equipamentos
A bike é muito bem desenhada e funcional, o quadro de fibra de carbono em formato de “Y” tem duas suspensões, a dianteira é uma Suntour com ajuste de pré carga, curso de 40mm, a traseira é do tipo cartucho ar/óleo, da marca A5, modelo RR1 Exa Form, desconhecida para nós. Completando a suspensão traseira, os braços do quadro elástico são estrudados em alumínio hexagonal, anodizados de preto, e o cabo de câmbio e mangueira hidráulica de freio, ficam protegidas em seu interior.
Na frente, o longo avanço das urbanas aro 20 está presente, mas é elegante, sustentando um guidão com cerca de meia polegada de elevação equipado com manoplas ergonômicas.
A central de comando e acompanhamento de dados (uma espécie de ciclocomputador) tem desenho fino e semelhante a um aparelho celular, e é acessado pelo painel de mão do lado esquerdo do guidão. Nele é possível ler dados como velocidade, médias consumo da carga da bateria e modo de desempenho escolhido. Ah, e vale lembrar que dá para se conecta-lo ao celular por meio de bluetooth e usar um app que mostra todas as informações da bike no smartphone.
Os freios Tektro hidráulicos são modelo Auriga, e sua alavanca de mudanças é o Rapid Fire Shimano 7×1 velocidades.
A pintura e decoração são sóbrias, detalhes em preto e branco, que dependendo da luz, revelam as tradicionais tramas da fibra de carbono. A bateria é compacta e embalada em um estojo de carbono, podendo ser carregada fora ou conectada a bike. Tanto para ligar o motor quanto para sacar a bateria é necessário utilizar a chave (como a que liga os carros).
A bike é tão leve que pode ser “pedalada” sem a bateria sem sofrimento, não há arrasto e o câmbio dá conta do recado. Para completar o aspecto urbano, ela vem equipada com para-lamas em poliestireno bem rentes aos pneus, kit de iluminação com faróis e lanternas, e cobre corrente na coroa do pedivela.
Pedalando (ou acelerando).
Para iniciar a diversão basta colocar o primeiro pé no pedal, ao menor movimento da corrente a bike arranca, o motor do tipo “pedal assistido” atua com rapidez e mantém o torque. É possível alternar os modos de desempenho 1, 2, 3 e S para diferentes velocidades e consumo de energia.
Diferente das hard tail testadas (bikes só com suspensão dianteira), a Panther oferece bom amortecimento das irregularidades do piso, e tivemos a oportunidade de, durante o teste no circuito, subir um degrau de 5 cm sem desconforto.
O preço da Besv Panther PS1 é de US$ 3.750,00 (disponível apenas no mercado americano) salgado para o público brasileiro. Com a atual carga tributária, conversão da moeda e falta de incentivos, será preciso um grande esforço da população e dos líderes no governo para que as causas relacionadas a bicicletas, componentes e mobilidade urbana atinjam níveis que façam os consumidores enxergarem vantagens reais para a compra e uso desses equipamentos, hoje, acessível para poucos.
Bom pedal!
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