Se comparadas com as bicicletas antigas das décadas de 40 e 50, a bicicleta urbana de hoje é uma releitura, como acontece com os carros por exemplo. É claro que a tecnologia e materiais de hoje ajudam a criar uma imagem de “novo”, atual, mas se repararmos bem, elas ainda tem muito em comum.
Paralamas e bagageiros
Por muitos anos, crianças e adolescentes do mundo tudo “depenavam” suas bicicletas, arrancando tudo que lembrasse uma bicicleta comportada, de adulto, de ir trabalhar, para que ela ficasse mais rebelde, passando uma imagem mais agressiva.
Aos poucos, os fabricantes lançaram novos modelos baseados no gosto dos consumidores, banindo certos acessórios e acrescentando outros, moldando seus produtos de acordo com a demanda, resultando nas bicicletas que temos hoje (a muito tempo), como as MTB e BMX por exemplo.
Mas o mundo dá voltas, e adivinha, olha aí os paralamas, bagageiros, dínamos, etc, com roupagem nova, mais moderninhos, sendo vendidos como acessórios, mas também nas bikes novas, as Urbanas.
Se a “pegada” é trampar de bike, esses acessórios são importantes e fundamentais, se você quiser carregar algo na bike ou não se sujar na primeiro poça d’água. Por falar em se sujar, marca de coroa dentada na perna ou na barra da calça não rola, não é? Nem no passado, pois esse item também vinha nas bikes e a gente arrancava!
Conforto
O ritmo de pedal urbano nesse caso pode ser mais lento, até pra não chegar pingando de suor no trabalho, por isso a bicicleta urbana vem equipada com componentes voltados para bem estar do ciclista, que irá passar algum tempo pedalando, seja com sol ou chuva. Guidão com empunhadura confortável, manoplas ergonômicas, manetes de freio mais longas, chamadas de four fingers (4 dedos) e selim macio, com tamanho um pouco maior.
A rodagem é 700c, com pneus mais finos que nas mountain bikes, mas não tão finos quanto das bicicletas de estrada, tendo como principal vantagem o desenho apropriado para o asfalto, deixando a bike bem gostosa de pedalar.
Segurança
Uma bicicleta urbana deve resistir não só aos buracos e pequenos choques nos bicicletários, mas também aos “gatunos” que se aproveitam para levar tudo que puderem, dependendo de onde você estaciona a bike. Pensando nisso, muitos fabricantes aboliram o uso de blocagens rápidas (alavancas para soltar as rodas e regular o selim) nesses modelos, tornado-as mais seguras para estacionar. O modelo fotografado pela Pedaleria está equipado com blocagens de alavanca removível, que após o fechamento pode ser retirada da bike e colocada no chaveiro por exemplo.
Solução bem sacada, porque você fica seguro sem perder a praticidade de tirar as rodas sem usar ferramentas.
Desenho e geometria
Por muitos anos as urbanas usavam materiais para sua construção não tão nobres quanto os das suas irmãs (MTB e bicicletas de estrada), mas agora é possível encontrá-las em Cr-Mo (cromo molibdênio) e alumínio, que são mais leves e com desenhos mais modernos na formatação dos tubos.
Os quadros estão mais elaborados, com desenhos que atendem homens e mulheres sem nenhum tipo de regra ou imposição, pois vemos muitos homens pedalando urbanas de quadro baixo, que são mais fáceis de montar e desmontar, e também muitas mulheres usando modelos de quadro alto, o tradicional “diamante”.
As urbanas, cada vez mais bonitas e sofisticadas, estão ocupando as cidades e disputando espaço com as outras modalidades. Já viu uma hoje?
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