Desgaste e aperto excessivo podem se ser perigosos na bicicleta de estrada
O Road Bike Repórter, Cleber Ricci Anderson, já presenciou e ficou sabendo de acidentes que aconteceram por componentes que estavam danificados ou passaram da hora de serem substituídos.
Então organizamos um check list pra vc conferir toda vez que fizer manutenção da sua bike.
GUIDÃO
Cleber escapou de um tombo onde o ciclista que estava a sua frente usava um guidão de carbono que tinha ganho, e quase derrubou o pelotão inteiro ao cair pela quebra do componente.
Em guidões de alumínio o problema é o sal, é impressionante o que o suor pode fazer, ele entra pela fita do guidão e fica acumulado nos pontos onde o ciclista segura por mais tempo. Troque a fita com frequência e toda vez observe se a superfície do guidão não está porosa, se estiver, troque o guidão também.
Quando apertamos o avanço na espiga do garfo de carbono, além de respeitarmos o torque de aperto indicado, precisamos ter certeza que a bucha interna chega na região do último parafuso (parafuso de baixo). Caso isso não aconteça a espigado do garfo pode rachar como um bambu. Neste caso existem duas soluções, cortar um pedaço da espiga ou usar uma bucha mais comprida.
CANOTE
Além de respeitarmos o quanto o canote entra no quadro e o aperto ideal da braçadeira, em canotes ou quadros de fibra de carbono não se deve coincidir o rasgo da braçadeira com o rasgo do quadro, caso isso aconteça o canote acaba sendo beliscado e trinca.
RELAÇÃO
Uma corrente pode escapar ou quebrar de tão velha que uma relação fica. Economize e evite sustos e tombos com a troca dos componentes na hora certa. Com o auxilio de verificadores de desgaste saberemos a hora exata de trocar uma corrente que normalmente numa bicicleta de estrada dura em torno de 2.500 km, e pra cada cassete substituído você terá trocado de duas a três vezes a corrente.
Já as coroas duram mais, a substituição deve ser feita quando os dentes ficam pontiagudos e inclinados, o vão par o roleta da corrente fica bem maior. Nessas condições quando uma corrente nova for colocada,faça um teste com muito cuidado porque ela pode escapar, e se isso acontecer, troque também a corrente.
RODAS
Um aro convencional depois de muito uso, fica com a pista de frenagem muito fina, isso é muito perigoso pois pode acontecer de quebrar quando você está freando em uma descida. Durante as manutenções, verifique a espessura da parede com a ajuda de um paquímetro ou micrômetro. Em alguns aros existe o verificador de desgaste, quando o buraco sumir é sinal que a parede ficou fina demais e pode se romper, é a indicação ideal para saber a hora de substituir os aros.
Da mesma forma alguns pneus também tem o buraco verificador de desgaste, mas o grau máximo de desgaste é quando ele chega na lona, aí não precisa nem dizer nada, troque os pneus!
QUADRO
Pra terminar o check-list da bicicleta faça um pente fino um busca de trincas, principalmente nas extremidades, a junção dos tubos. Essa verificação leva poucos minutos e é muito importante para sua segurança, principalmente nos “sprints” mais severos e quando passamos lombadas e buracos.
TAQUINHOS
Você também pode ter muito problema se os taquinhos das sapatilhas estiverem gastos demais, principalmente quando você vai fazer uma arrancada pedalando em pé, ou um sprint. Algumas marcas de taquinhos também indicadores de desgaste, neste caso quando chegar na parte branca, está na hora de trocar.
Verificando periodicamente estes pontos, seus treinos e provas serão mais seguros
BOM PEDAL!
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