Os aros de bicicleta, componentes de extrema importância contam hoje com alta tecnologia para responder as necessidades crescentes de resistência, desempenho e preço, em um mercado altamente competitivo e exigente, tanto no MTB como na Road e BMX.
Na maioria dos casos, os aros são peças metálicas resultantes do processo de extrusão, onde o metal liquido é injetado através de uma passagem no formato exato, gerando barras de 6 metros, que após serem perfuradas para passagem dos raios e bico da câmara, são curvadas como uma mola, em uma máquina chamada Calandra, e para finalizar são cortadas e emendadas com pinos de aço ou solda.
Existem também os aros em fibra de carbono e modelos que combinam fibra de carbono e alumínio, quando há atuação de freios na peça.
Historicamente, os aros eram feitos em madeira, e tempos depois em finas chapas de aço, processo que durou até a década de 80, sendo que a utilização dessa peça em alumínio era apenas em bicicletas de competição. Para as bicicletas do tipo BMX surgiram as rodas em termoplástico na mesma década.
Os primeiros formatos de perfil não permitiam a atuação dos freios nas laterais das rodas, como vemos hoje, pois as sapatas de freio apoiavam-se na superfície interior dos aros, próximo dos raios, como vemos nas bicicletas com freios de “varetas”, como a Barra Forte, Barra Circular e outras antigas. Este padrão de aro ficou conhecido como Westwood, onde uma chapa de aço é estampada formatando seu perfil, e curva em uma Calandra.
O formato de cada perfil de aro está relacionado com determinada utilização, avaliando desempenho, aerodinâmica, rigidez, durabilidade, compatibilidade com certo tipo de pneu, como o tubeless, sistema de freio e custo compatível com o padrão da bicicleta.
Se a necessidade de resistência sobrepõe a questão do peso, os aros podem ter parede dupla, tripla ou perfil tipo “H”, como os modelos para modalidades extremas, como Dirt Jump. Os aros podem ser bastante estreitos, com cerca de 2,5 cm, ou muito largos como os modelos de Biketrial com 4,6 cm, ou os especiais, utilizados nos modelos Fat Bike para uso em areia ou neve, com 10 cm de largura que comportam pneus a partir da medida 4.0.
Através de estudos em túneis de vento, verificou-se que aros em formatos aerodinâmicos ajudam os ciclistas pois minimizam os efeitos da turbulência causada pela passagem do ar por dentro das rodas, diminuindo o arrasto por não haver choque com a parede interna “reta” dos aros convencionais. Cada grama retirada, cada ajuste de formato de quadro e dos componentes colaboram para o aumento da performance do ciclista.
Os modelos mais sofisticados utilizam um ilhós (um tipo de rebite furado) para reforçar os furos para os raios, que podem ser de 24, 28, 32 ou 36 furos, de acordo com o modelo de aro e de cubo. Esse ilhós, que lembra um pequeno copo de inox pode ficar apenas na parede externa dos aros ou atingir a parede interna (aro parede dupla), dando maior apoio ao niple (porca que fixa o raio no aro) e exerce força considerável na face externa do aro.
Aros selados para utilização de pneus sem câmera (tubless) precisam de uma vedação mais eficaz, proporcionadas por uma fita de vedação que impede a saída do ar pelos furos dos niples, ou com a utilização de aros especiais que possuem outros tipos de fixação de raios, como barbatanas na parte externa ou furação que alcance apenas a parede externa do aro.
O sistema tubless utiliza um selante líquido que percorre todo o interior do pneu e faz a vedação lateral, resistindo a pequenas perfurações de pregos, espinhos e outros materiais pontiagudos, vedando instantaneamente furos com até 3 milímetros de diâmetro.
Hoje em dia é possível aliviar muito peso da bike montando jogos de rodas especiais, principalmente nos modelos de 29 polegadas. Então, dependendo to tipo de freio que você usa na bike e do tipo de uso que faz dela, sempre existe o aro certo para essa finalidade.
Bom pedal!
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