Viajando com a bike

Curta a viagem e ainda economize uma grana.

Agora no começo de abril tive algumas reuniões em Michigan e Nova York e antes da viagem fiquei pensando em ir desprovido de malas e claro, de muito dinheiro. rsrsrsrs

Foi então que parti pra ação, resolvi fazer a viagem somente com uma grande mochila levando minhas roupas e outros pertences pessoais, levei também uma mochila de hidratação, ambas da OSPREY e o melhor, pude, em vários momentos, encaixar a mochila menor na maior para facilitar o transporte. Então ficou tudo ali grudado, o capacete na mochila de hidratação e a mochila de hidratação presa à mochila de 58 litros. Coube tudo o que eu precisava nessas duas mochilas e não passei aperto, e claro, o conforto de carregar mais de vinte e tantos quilos nas costas foi garantido pela qualidade qualidade e ergonomia desses produtos. Como eu falo no vídeo, que uma viagem assim depende de bons equipamentos, eu realmente quero dizer isso, porque uma mochila ruim detona suas costas e as coisas que você carrega dentro dela.
Mochila Osprey Exos 58

Aproveitando as cidades

Tanto em Farmington Hills, que fica bem próximo a Detroit, quanto em Nova York, notei que viajando com a bike a experiência se transforma completamente. Sempre fui um cara que alugou carro nos EUA para ter mobilidade e conseguir carregar tudo o que precisava, mas com essa nova experiência, provavelmente só farei isso novamente quando estiver com as crianças, porque viajando sozinho com a minha bike acabei curtindo mais as cidades do que se estivesse de carro. Todo lugar onde eu parava fazia uma nova amizade, conversava com as pessoas e sentia a atmosfera do lugar. Assim consegui conhecer lugares que eu nunca havia prestado atenção e muitas vezes nem sabia que existia. A sensação de liberdade é tremenda, consegui parar em vários pontos do Central Park, ir de um lado para o outro notando pequenas coisas do cotidiano e na maioria das vezes até esquecia de gravar ou tirar fotos.

Metrô de Nova York

 

Speedbee em Detroit

Conforto e desconforto

Pedalar no frio abaixo de zero foi a pior parte, mas por outro lado aprendi a me deslocar pelas ruas completamente encapotado com blusa, gorro, luvas térmicas e por aí vai. Tive que fazer um novo ajuste no capacete porque fiquei mais cabeçudo ainda depois do gorro. rsrsrs. Mas tudo bem, depois de um ou dois dias eu estava completamente acostumado com o tempo frio e esse não foi o motivo que iria me abater, muito pelo contrário, apesar de tudo, transpirei pouco e me acostumei com os trajetos rapidamente. Um grande conforto que senti não tem a ver com as pedaladas mas sim com o transporte das minhas coisas na ida e na volta, notei que mochilas e bikes chegam em uma esteira diferente das usadas para malas convencionais, então fugi, mesmo sem saber, daquela muvuca que se forma em volta da esteira do aeroporto; fui direto para essa esteira especial e recebi minhas coisas direto das mãos do carinha da cia aérea. Tudo foi e voltou sem um risco ou extravio e melhor ainda, sem pagar excesso de bagagem. ;)

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A tecnologia a seu favor

Fui econômico e simples até na escolha do aplicativo que seria meu “GPS”, decidi pelo Google Maps porque é nativo do smartphone e principalmente porque traça rotas específicas para os ciclistas, evitando vias perigosas e congestionadas. Tudo operado apenas com o fone de ouvido, que ia me passando as instruções da rota e segui todas as viagens tranquilamente assim. Não usei o Waze ou Strava, etc, este primeiro porque traçaria as rotas para o meu carro, não para a minha bike e o segundo porque… …bom, tanto faz, você pode usar o Endomondo, o Strava e outros N aplicativos para essa tarefa, mas o importante é ter recursos de navegação próprios para bikers junto com você nessa viagem. Você encontra também aplicativos específicos para a cidade de NY por exemplo, e se estiver viajando com a bike, terá os mapas das ciclovias de lá na palma da mão. Vale a pena pesquisar sobre isso antes de pegar a estrada para se planejar e fazer a escolha certa para a sua situação.

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Respeito

Claro que vivenciei vários aspectos da educação do ser humano viajando com a bike, em alguns momentos levei fechadas, haviam carros parados na ciclovia e coisas do tipo. Esse tipo de atitude ainda faz parte do complexo mundo da mobilidade, onde cada um tenta achar e dominar seu espaço, ou seja, é uma selva mesmo. Mas de forma geral, não posso reclamar, pois em vários, e eu digo VÁRIOS momentos, me surpreendi com motoristas que davam ré em qualquer cruzamento ou travessia de pedestres/ciclistas só pra me deixar passar com a bike, e notei que isso era automático, ninguém reclamava por fazer isso e muito menos buzinava ou era desrespeitoso. Fiquei muito feliz com isso e com o passar dos dias me sentia mais confiante em pedalar por lá.

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Ciclovias: Em NY eles não tem ciclovias de mão dupla. Segurança e agilidade para quem pedala na megalópole

Um aspecto curioso é que em NY as faixas exclusivas para ciclistas não possuem mão dupla, ou seja, em uma avenida ou rua a ciclovia segue em um sentido, e para ir para o lado oposto você pega outra rua ou avenida; resumindo, você tem uma ciclovia larga e livre em um só sentido, você não precisa se preocupar em dividir a faixa com ciclistas vindo no sentido contrário. Isso dá uma sensação de segurança imensa.

Resumindo

Vou novamente. Pronto. Esse é o resumo da coisa toda. Me senti confortável, uma pessoa diferente visitando os mesmos lugares que já fui várias vezes, só que agora com um olhar diferente e uma experiência nova. As mochilas da OSPREY deram um show de praticidade e conforto e no final das contas economizei mais de R$1.500,00 em gastos com transporte. Foi maravilhoso e barato viajar com a bike.

Espero que tenha gostado da matéria e se tiver qualquer dúvida ou curiosidade, já sabe, é só perguntar que eu respondo.

Grande abraço.

<a href="https://pedaleria.com/autor/educapivara/" target="_self">Edu Capivara</a>

Edu Capivara

Edu Capivara é Delegado Internacional do Biketrial no Brasil desde 1991 e introdutor do esporte em meados da década de 80. É amigo pessoal de Pedro Pi, o inventor do Biketrial e de toda a cúpula da BIU (Biketrial International Union) . Profundo conhecedor do mundo da bike, começou suas aventuras em modalidades como o BMX e o Mountain Bike no início desses esportes no Brasil. Já participou de campeonatos mundiais de biketrial pelo mundo todo, inclusive do primeiro, em 1986 na Europa.

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