Este importante item conecta a força das pedaladas a roda traseira, mas ele pode estar com os dias contados!
Se a bicicleta não está indexando bem as marchas, a corrente está pulando de um cog para outro (patinando) principalmente quando você pega uma subida ou pedala em pé, está na hora de avaliar sua corrente.
Nem tudo é problema de regulagem de câmbio, se você já tentou regular o seu algumas vezes e a bike continua com o mesmo problema, verifique todos os componentes da transmissão, com foco na corrente.

Para checar o desgaste da corrente, utilize a ferramenta certa, só ela pode avaliar com precisão quanto a corrente esticou.
A durabilidade das correntes é relativa ao uso que fazemos delas, uma bike usada apenas nos finais de semana para passeios urbanos, provavelmente dura pra sempre, a bike deteriora antes da corrente, mas no caso do MTB por exemplo, quem anda na terra ou faz trilhas enfrentando poeira, água, lama e areia, a corrente pode durar entre 2 e 4 mil quilômetros. Nas Road Bike o problema é a alta quilometragem rodada, pois este tipo de bike anda mais rápido que as MTB e pode atingir milhares de quilômetros em poucos meses, além da grande força aplicada nas pedaladas.

No caso das MTB, as correntes podem sofrer desgaste acentuado devidos as condições em que as bikes são submetidas, e nestes casos, a checagem de desgaste deve ser periódica.
É muito importante checar o desgaste da corrente periodicamente, mas também mantê-la limpa e lubrificada para não encurtar sua vida útil. A corrente é composta por Links, pinos e Roletes, mas as partes que mais sofrem desgaste são os roletes e os pinos que conectam um link a outro. Com o passar do tempo, as correntes vão alongando devido a somatória dos desgastes individuais em cada pino e tolete, e é exatamente aí que a ferramenta de leitura de desgaste trabalha, na medição deste aumento de tamanho, um forte indício do fim da vida da corrente.
No caso das MTB com relações com 2 ou apenas 1 coroa, a corrente é exigida ainda mais, trabalhando “atravessada”, fazendo curva para alcançar todos os cogs do cassette, uma condição conhecida como “cruzar corrente”.
O tipo, desenho e cor de sua corrente não importa quando o assunto é desgaste, verifique periodicamente a sua para não correr riscos e ficar a pé na trilha ou estrada, e leve para seus treinos a chave de corrente, assim você não corre o risco de ficar a pé.

Verificando uma corrente em bom estado. Note que o pino Nº3 não entra na corrente, mostrando que ela OK, não sofreu “alongamento”.
Com a ferramenta em mãos, fica fácil controlar o desgaste da corrente de acordo com a utilização que faz da bicicleta, verifique a sua entre 3 e 12 meses de uso. Veja no desenho abaixo, como deve ser feita a checagem de desgaste da corrente.

O Missing Link (emenda rápida) também deve ser trocado periódicamente nas bikes que enfrentam muita lama. Verifique se ele abre sem uso da ferramenta apropriada, se abrir na “mão”, substitua a peça.
Uma dica importante, dependendo da quilometragem da bicicleta ao trocarmos a corrente o problema pode continuar ou até aumentar, mas este é outro indício de que o desgaste atingiu os outros componentes da transmissão, as coroas e o cassette/catraca. Lembre-se, assim como nos carros e motos, as peças das bikes também sofrem desgaste, e o risco para o ciclista é muito grande, portanto faça a manutenção e troca destes componentes antes antes de uma quebra acidental.
Bom Pedal!
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